Remédios
vencidos jogados no lixo comum podem causar problemas ambientes e riscos
à saúde de outras pessoas. Alguns cuidados devem ser tomados para com
estes tipos de medicamentos, mas nem sempre os consumidores sabem o que
fazer. Remédios não devem ser descartados no lixo ou na rede de esgoto,
pois contêm substâncias químicas resistentes que podem contaminar o solo
e a água.
O
problema é tão sério que, cada vez mais, são encontradas altas
concentrações de substâncias de fármacos no meio ambiente e nas estações
de tratamento de esgoto. Para evitar que a contaminação ganhe
proporções maiores, está em tramitação na Câmara Municipal de Barreiras
para apreciação dos vereadores o Projeto de Lei nº 001/14 que disciplina
o descarte, recolhimento e destinação de medicamentos vencidos no
município como proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
A lei é de autoria do vereador Alcione Rodrigues (PHS). Na sua justificativa o edil ressalta que “o
projeto garantirá a eliminação em definitivo do problema de descarte
inadequado dos medicamentos vencidos em Barreiras e ainda conscientizará
a população dos malefícios provenientes dessa conduta comum nos dias de
hoje”.
De acordo com a legislação, fica expressamente
vedado o descarte de medicamentos vencidos em lixo comum. Tais
medicamentos deverão ser depositados pelos usuários em uma caixa
previamente instalados nas farmácias, drogarias públicas e privadas,
inclusive nas farmácias de manipulação, que serão responsáveis pela
destinação final dos produtos recolhidos. Na caixa deverá constar a
expressão: Coleta Seletiva de Medicamentos.
Além disso, o
estabelecimento deverá ainda apresentar informativo claro aos
consumidores sobre os riscos de descarte de medicamentos de modo
inapropriado como no lixo comum ou ainda em ralos domésticos.
Descarte
Medicamentos vencidos descartados de forma incorreta podem prejudicar o meio ambiente e a saúde de outras pessoas
Todos
os anos, toneladas de remédios são produzidas e vendidas tanto na
medicina humana, quanto na veterinária. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 12,5% dos
municípios brasileiros têm aterro sanitário, isso significa que grande
parte dos resíduos produzidos no país, incluindo esses materiais, vão
para lixões a céu aberto. Lá, essas substâncias se infiltram no terreno e
contaminam o solo e as águas.
Segundo pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas
Oswaldo Cruz revelou que a maior parte das pessoas não conhece os
impactos ambientais e os danos à saúde que podem ser causados pelo
descarte inadequado de remédios vencidos. Por isso, acabam descartando
os produtos em pias ou vasos sanitários.
Portanto, vale parabenizar o nobre vereador pela iniciativa. São leis
como essas que a cidade necessita, o meio ambiente agradece e,
consequentemente, a qualidade de vida da população. Porém, resta torcer
após aprovada seja colocada em prática e não fique na "caverna da hibernação"
como é o caso de outras leis de enorme interesse da população a exemplo
da Lei do Silêncio que combate a poluição sonora na cidade.
www.fernandopop.com - Fonte: Por Tenório de Sousa da Redação/Novoeste
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