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PRODUTORES RURAIS FALAM SOBRE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA BAHIA


No Dia Nacional do Cerrado, produtores, órgãos governamentais do Meio Ambiente, universidades e ONG´s estiveram reunidos para falar sobre legislação, novo Código Florestal, Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), reserva legal, APP’ s, Plano de Bacias Hidrográficas e a Lei Complementar no 140/2011. Eles participaram do Seminário sobre Cerrado e Legislação Ambiental, realizado no dia 11 de setembro, em Barreiras.
O evento foi aberto pelo presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, que ressaltou a importância de se debater questões de ordem econômica, social e, principalmente, legal sobre o Cerrado, bioma tão importante para a região Oeste da Bahia. 



“A diretoria da Aiba entende que só resolveremos as questões ambientais através do dialogo. Estamos, hoje, dando início a uma série de conversas entre as entidades envolvidas no processo e tenho a certeza de que todos sairão ganhando com isto, principalmente o cerrado baiano” disse Júlio Cézar Busato.
Em seguida, a diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves, falou sobre a importância de estar atento à legislação ambiental no que se refere à manutenção de áreas nativas destinadas a Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente em propriedades rurais. Dentro Deste contexto, Alessandra destacou as ações de mobilização da Aiba para adesão dos associados a programas de regularização ambiental no Estado. “Entre estas iniciativas, podemos citar, como exemplo, as adesões ao Plano de Adequação e Regularização Ambiental (PARA) e, mais recente, ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR), que vemos como instrumentos importantes de gestão territorial e monitoramento. Toda a área produtiva e áreas nativas destinadas à Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente são declaradas e, na existência de passivos, estes terão que ser corrigidos em prazos definidos na adesão.”, explicou Alessandra.
O ciclo de palestras teve início com a apresentação do diretor de Relações Institucionais da Aiba, Ivanir Maia, como o tema Desenvolvimento e Sustentabilidade no Oeste da Bahia. Ele fez um panorama da produtividade da região e falou sobre técnicas agrícolas de baixo impacto. “Para atingir a sustentabilidade, é necessário atenção a três pilares: desenvolvimento econômico, progresso social e proteção ambiental. Contudo, torna-se importante o investimento em pesquisas que contribuam para diminuir incertezas quanto à produtividade e aos impactos ambientais.”, disse Ivanir Maia.


O secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, falou sobre o Cefir e como ele será feito nos municípios. "A iniciativa tem como principal objetivo cadastrar os imóveis rurais do estado da Bahia e contribuir para um maior monitoramento ambiental no Estado. Precisamos pensar no desenvolvimento econômico sem deixar de lado a preocupação com a sustentabilidade ambiental." 
Mudanças na Legislação - Durante o Seminário foram destacadas as mudanças ocorridas, nos últimos dois anos, na legislação ambiental, em especial a Lei Complementar n° 140/2011. Este assunto foi apresentado pelo assessor técnico sênior da Área Ambiental da CNA, Rodrigo de Brito. Segundo ele, a Lei Complementar no 140/2011 definiu as competências originárias e comuns para os entes federativos municipal, estadual e federal, quanto à gestão ambiental - Licenciamento, Autorização, Fiscalização e Monitoramento – para atividades que causam impacto ambiental, ficando o Conselho Estadual de Meio Ambiente responsável por definir os parâmetros para classificação de cada empreendimento, individualmente. Na Bahia, esses critérios estão estabelecidos por resolução do CEPRAM.
O Código Florestal também está entre as mudanças da legislação ambiental e foi comentado pelo superintendente do Ibama na Bahia, Célio Costa Pinto. Publicado em 2012, ele trouxe algumas mudanças quanto à reserva legal, áreas de preservação permanentes (APP’s) e a obrigatoriedade de cadastramentos em propriedades rurais. Sobre as Reservas Legais foi estabelecido que serão feitas em Ato Declaratório, realizado diretamente no (Cefir), o correspondente ao nacional Cadastro Ambiental Rural (CAR), desobrigando a averbação em cartório. Para propriedades com até quatro módulos fiscais, a Reserva Legal deverá ser a mesma que existia em 22 de julho de 2008, isentando o produtor de recuperação em área destinada a Reserva Legal. Contudo, as Áreas de Preservação Permanente deverão ser recuperadas, considerando a margem prevista no PARA. Para as demais áreas que não se enquadram neste critério, o código também trouxe novos procedimentos de regularização da Reserva Legal, que poderão ser por regeneração natural, por recomposição em até 20 anos e por compensação.
Também participaram do evento a presidente estadual da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e secretária de Meio Ambiente do município de Luís Eduardo Magalhães, Fernanda Aguiar, que falou sobre a atuação da Anamma na Bahia, ressaltando a importância da gestão ambiental municipal para atividades de impacto local; e a vice presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande, Eliza Zancanaro Zanella, que apresentou o Plano de Bacias Hidrográficas como uma importante ferramenta para gestão dos recursos hídricos.
Ascom Aiba

PRODUTORES RURAIS FALAM SOBRE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA BAHIA PRODUTORES RURAIS FALAM SOBRE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA BAHIA Reviewed by Mural do Oeste on sexta-feira, setembro 13, 2013 Rating: 5

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